O problema, muitas vezes, não reside na falta de fé.
Mas na falta de milagres.
De provas.
Muitas vezes, o que procuro esconde-se no que foste e no que eras.
Não no que és.
Porque esse, eu desconheço.
Não sei se a minha forma de vida é saudável, mas não me acredito que o seja.
E não sei se me esforço o suficiente para o ser.
Eu respiro-te, berro-te e aclamo-te.
Vivo-te.
Não me questiono, nem tomo medicação.
Tento á força toda ser quem fui um dia.
Mas se em mim o tempo voltasse atrás,
As dores e alegrias que nasceram,
Teriam sido em vão.
Ou não?
Não.
Se eu soubesse falar com os mesmos espasmos de sabedoria que tu
Eu já teria tentado a minha sorte além.
É isso que estás a fazer?
Porque se estiveres a tentar ter pulso na tua vida,
Se estiveres a tentar dar uma razão ás tuas pulsações,
Eu entendo-te. Eu admiro-te.
Porque de há uns séculos para cá,
A sujidade dos nossos corpos começou a contagiar a nossa alma.
E nós rebolávamo-nos nela,
Víamos, com olhos de vampiros, a nossa alma a derreter,
Plasticina ás mãos de quem se desse ao trabalho de se dobrar para a apanhar.
Tínhamos alucinações com insectos.
Nós éramos um deles.
A sujidade do nosso corpo entrava-nos no nosso ser quando nós falávamos.
E nós fartávamo-nos de falar.
Que dizíamos nós?
A nossa pele era borracha.
Tu apagavas-me.
Eu apagava-te.
Compulsivamente.
Os nossos músculos eram tecidos rotos.
E nem eu nem tu sabíamos (ou quisemos saber) costurar.
Os nossos ossos rangiam do (falta de) esforço.
Mas nós riamo-nos,
E o nosso riso fazia eco na china.
Era como um rugido, como um rosnar.
Nós não sabíamos de que nos riamos.
Mas se riamos!
Até doer, até chorar.
E fingíamos ser acrobatas, ginastas, invisíveis
Para podermos escapar à realidade que nunca desistiu de nos entrar na pele.
Ela deixou-nos cicatrizes,
Tens uma no cotovelo,
Que de tanto eu a olhar me ficou queimada na retina.
E eu tenho uma ferida no coração,
Que de tanto tu a ignorares, nunca cicatrizou.
E tu sais pela porta,
E o silêncio zumbe-me nos ouvidos.
E os nossos corpos meios mortos começam a ganhar forma e cor.
Mas cores distintas,
A mim calha-me a cor de cadáver
E tu ficas com cor de gente.
Vá, julga-me agora as palavras.
Vá, atreve-te.
Mas na falta de milagres.
De provas.
Muitas vezes, o que procuro esconde-se no que foste e no que eras.
Não no que és.
Porque esse, eu desconheço.
Não sei se a minha forma de vida é saudável, mas não me acredito que o seja.
E não sei se me esforço o suficiente para o ser.
Eu respiro-te, berro-te e aclamo-te.
Vivo-te.
Não me questiono, nem tomo medicação.
Tento á força toda ser quem fui um dia.
Mas se em mim o tempo voltasse atrás,
As dores e alegrias que nasceram,
Teriam sido em vão.
Ou não?
Não.
Se eu soubesse falar com os mesmos espasmos de sabedoria que tu
Eu já teria tentado a minha sorte além.
É isso que estás a fazer?
Porque se estiveres a tentar ter pulso na tua vida,
Se estiveres a tentar dar uma razão ás tuas pulsações,
Eu entendo-te. Eu admiro-te.
Porque de há uns séculos para cá,
A sujidade dos nossos corpos começou a contagiar a nossa alma.
E nós rebolávamo-nos nela,
Víamos, com olhos de vampiros, a nossa alma a derreter,
Plasticina ás mãos de quem se desse ao trabalho de se dobrar para a apanhar.
Tínhamos alucinações com insectos.
Nós éramos um deles.
A sujidade do nosso corpo entrava-nos no nosso ser quando nós falávamos.
E nós fartávamo-nos de falar.
Que dizíamos nós?
A nossa pele era borracha.
Tu apagavas-me.
Eu apagava-te.
Compulsivamente.
Os nossos músculos eram tecidos rotos.
E nem eu nem tu sabíamos (ou quisemos saber) costurar.
Os nossos ossos rangiam do (falta de) esforço.
Mas nós riamo-nos,
E o nosso riso fazia eco na china.
Era como um rugido, como um rosnar.
Nós não sabíamos de que nos riamos.
Mas se riamos!
Até doer, até chorar.
E fingíamos ser acrobatas, ginastas, invisíveis
Para podermos escapar à realidade que nunca desistiu de nos entrar na pele.
Ela deixou-nos cicatrizes,
Tens uma no cotovelo,
Que de tanto eu a olhar me ficou queimada na retina.
E eu tenho uma ferida no coração,
Que de tanto tu a ignorares, nunca cicatrizou.
E tu sais pela porta,
E o silêncio zumbe-me nos ouvidos.
E os nossos corpos meios mortos começam a ganhar forma e cor.
Mas cores distintas,
A mim calha-me a cor de cadáver
E tu ficas com cor de gente.
Vá, julga-me agora as palavras.
Vá, atreve-te.
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