quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

mensagem 229


Esta casa já não e a minha, apesar das mesmas paredes e da mesma rua.
Em vez de ti, só o teu cheiro nas gavetas, nas fronhas das almofadas,
Em vez de ti uma foto tua aqui e ali, a tua imagem enquanto decoração e não enquanto parte de mim.
Esta casa já não é minha, leva-a contigo.
Mete-a ao bolso.
Que eu não sei o que é de mim, o que é de ti.
Como foste capaz de me fazer tão mal?
Imagino-te ainda lá em cima a abrir as persianas,
A deixar a cozinha uma bagunça.
Esta casa já não é minha, tira-a de mim, aperta o gatilho.
Como é que tu foste capaz de me fazer tão mal?

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