terça-feira, 18 de junho de 2024

Mensagem 300

 

Escrevi-lhe uma carta,

Porque é assim que eu acabo todos os romances,

não paragrafo por decoro, mas são, para mim, poemas.

Uns levaram-me à baixa, outro a catedrais, e outro ao topo de montanha.

Alguns levaram-me a inocência. 

Mas a nenhum eu devo nada.

Talvez devesse ter deixado dividas para trás, algo que eles tivessem para se lembrar de mim.

Um recibo da alma que dei.

Mas a verdade é que sempre a recuperei,

Pouco a pouco.

O que te dói é o sangue e as vísceras do animal que és.

Foca-te na alma.

Na alma, alma, alma.

No amor do teu pai

Da tua mãe.

Daquilo que é teu

E nenhum deles pode levar,

E portanto, poderia fingir amar.

Os outros são uma extensão de ti, e tudo o que quiseste neles,

Tu tens em ti.  

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