segunda-feira, 31 de maio de 2010

Mensagem 250


E então eu desci a rua. Sabes que todas as saudades não são suficientes. O terror que eu tenho de tu me deixares serve-me de alimento durante semanas. E como se eu fosse um feto, eu ando às voltas no útero de ninguém, em circunferências de mim própria. O porquê de eu vir sempre aqui ter, a este estado de dormência, como se um camião me tivesse passado por cima, ultrapassa-me. Como as lembranças tuas queimadas na minha retinha, tu a morder uma laranja e era o quê, Verão ou Outono? A dançarem à minha volta, a prenderem-me ao que eu sou. E eu odeio-me, eu odeio-me, eu odeio-me. Gosta de mim, gosta de mim, gosta de mim. Por favor.

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