domingo, 22 de fevereiro de 2009

I miss the one that I love alot

Nas janelas dos poemas, entre as linhas de todos aqueles
Desabafos de alma que são os verdadeiros poemas de amor,
Estão as manhãs de domingo dentro dos lençóis,
Ou os dias de verão que parecem semanas.
Que nos fazem gente como mais nada consegue.
O teu cabelo entre os meus dedos,
A pulsar como se doesse o que não dói.
Mas, ás vezes, de mês a mês, sangra.
E no tempo de um cigarro a ferida estanca.
E o cabelo entre os dedos volta a saber a imortalidade
E não só a cabelo. (as coisas perdem a piada quando são só o que deveriam ser)
Nos poemas de amor de outros tempos,
Em que as minhas palavras eram vontade de ti,
O teu som de mim.
Cheias de uma esquizofrenia completa, cansativa.
A honrar os primeiros amores que nos abrem o peito,
Nas mãos que se dão sem se saber,
No salto para o infinito estranho mas que foi sempre nosso.
Os primeiros amores que nos roubam um bocadinho da alma
E que se curam com vodka e uísque, (que não são remédio para tanta saudade).
E dentro dos primeiros amores,
Dentro dos bolsos daqueles que partiram, vai a inocência que não perdida, mas roubada, para sempre.
E os nomes ficam que nem tatuagens debaixo das tuas unhas,
E tanta dor, tanta falta, tanto querer só se vê nas autópsias da vida ou no escuro.
Tanta falta do que nunca foi suficiente,
Ficam nos parapeitos das janelas dos verdadeiros poemas de amor.
Aqueles que nos fazem virar a cara, arranhar as costas.
As minhas vontades de ti que foram sempre maiores que eu,
Misturam-se com outros, de outras formas e cores.
Na falta de vontades por mim mesma.
Não me devias ter deixado ir, meu amor, que o teu pescoço sempre foi a minha casa.
Não me devias ter deixado ir, meu amor, que apesar de eu já lá não morar ainda vou lá espreitar, e ás vezes, de mês a mês, dormir.

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