Catastrophe equals opportunity They searched all night, but they never did find Charlie's body. One of the cops asked me why Charlie jumped back into the hole. I told them it was where Charlie wanted to go. It was where he wanted to go all along. The cop looked at me like I was crazy, and stopped asking questions. What I didn't tell them was that if Charlie hadn't of tied me up, I probably would have followed him.
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
all the letters that I have never sent
Esta carta nada mais é que um pedido de perdão, ou se quiser ser honesta, de socorro. Tenho que te confessar que me é difícil falar de ti, agora que te foste embora. Tenho noites em que fico acordada a passar os olhos pelas horas e é aí que me lembro de ti e do tempo que ficou entre parênteses.
Esta carta não é mais que um roubar de consciência, um lugar-comum onde eu te posso encontrar por uma última vez e parar-te por um segundo ao dizer-te que me atacas em sítios que eu não sabia antes existir. Com isto não quero dizer que cresci com a tua fuga, porque sei que não o fiz. Envelheci; e sem o consolo da sabedoria. Sou jovem com o coração de velho. Partido de trás para a frente. A culpa não é tua, magoar os outros nunca está nos nossos planos. Se o fizeste foi porque não tiveste outra hipótese.
Esta carta não é mais que um beijo de despedida, uma forma de te dizer que te estou a esquecer, decidi ser senhora da minha alma, por mais velha que ela seja. Uma forma de te dizer que estou feliz por ti – enquanto possível – e que te sempre soube capaz de grandes feitos. Eu amei-te por entres os declínios das estações, por entre o queimar da pele, e as paisagens do país que é nosso. Que te amei nas estações de comboio, e no portão da escola. Amei-te da mesma forma impossível quando me disseste que isso não era suficiente. Mas amor como razão de ser é suficiente em todos os cantos do mundo.
Esta carta não é mais que um roubar de consciência, um lugar-comum onde eu te posso encontrar por uma última vez e parar-te por um segundo ao dizer-te que me atacas em sítios que eu não sabia antes existir. Com isto não quero dizer que cresci com a tua fuga, porque sei que não o fiz. Envelheci; e sem o consolo da sabedoria. Sou jovem com o coração de velho. Partido de trás para a frente. A culpa não é tua, magoar os outros nunca está nos nossos planos. Se o fizeste foi porque não tiveste outra hipótese.
Esta carta não é mais que um beijo de despedida, uma forma de te dizer que te estou a esquecer, decidi ser senhora da minha alma, por mais velha que ela seja. Uma forma de te dizer que estou feliz por ti – enquanto possível – e que te sempre soube capaz de grandes feitos. Eu amei-te por entres os declínios das estações, por entre o queimar da pele, e as paisagens do país que é nosso. Que te amei nas estações de comboio, e no portão da escola. Amei-te da mesma forma impossível quando me disseste que isso não era suficiente. Mas amor como razão de ser é suficiente em todos os cantos do mundo.
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
I recognize your off-white lies, still, I lie beside you – and that’s what really hurts.
Se eu pudesse ser quem tu querias ter, talvez o meu corpo não rastejasse e sabe deus até se aguentava em pé. Eu lembro-me das tardes de verão, tu em minha casa mas como um peixe fora de água, sem saber onde por os pés, que ar respirar. Ás vezes queria voltar a um desses dias e parar-te:
- Tem calma. Já falta pouco.
E talvez assim tu me desses a mão e em vez de pele eu sentisse todos os nervos, cada pormenor da tua impressão digital, como da primeira vez. Me agarrasses as pernas num único movimento e me mandasses:
- Cala-te.
E os teus olhos a calarem-me a alma, ás vezes de um escuro embrenhado outras de cor de mel. E eu a dizer-te isto e tu a rir de mim. Tu em minha casa, e eu de uma felicidade imensa, quase ridículo. Se eu pudesse voltar a esses dias de verão em que o tempo de um cigarro era sempre demais, eu tocava-te no cotovelo e talvez com a gravidade na voz:
- Tem calma. Já falta pouco. Mais uns meses e deixas-me por ela.
E talvez tu te risses e então:
- Cala-te.
E os teus olhos nos meus e eu sem saber quem sou – sou o que tu quiseres que eu seja, tu sabes que sim – respondo pelo teu nome, porque ele sabe sempre melhor que o meu. E por favor, a tua mão na minha, até eu ser mulher dentro de ti e tu homem fora de mim. Se eu soubesse que tu decidirias morrer não dentro do meu ventre (imagina a verdade disso) mas do dela, eu:
- Tem calma. Já falta pouco.
- Tem calma. Já falta pouco.
E talvez assim tu me desses a mão e em vez de pele eu sentisse todos os nervos, cada pormenor da tua impressão digital, como da primeira vez. Me agarrasses as pernas num único movimento e me mandasses:
- Cala-te.
E os teus olhos a calarem-me a alma, ás vezes de um escuro embrenhado outras de cor de mel. E eu a dizer-te isto e tu a rir de mim. Tu em minha casa, e eu de uma felicidade imensa, quase ridículo. Se eu pudesse voltar a esses dias de verão em que o tempo de um cigarro era sempre demais, eu tocava-te no cotovelo e talvez com a gravidade na voz:
- Tem calma. Já falta pouco. Mais uns meses e deixas-me por ela.
E talvez tu te risses e então:
- Cala-te.
E os teus olhos nos meus e eu sem saber quem sou – sou o que tu quiseres que eu seja, tu sabes que sim – respondo pelo teu nome, porque ele sabe sempre melhor que o meu. E por favor, a tua mão na minha, até eu ser mulher dentro de ti e tu homem fora de mim. Se eu soubesse que tu decidirias morrer não dentro do meu ventre (imagina a verdade disso) mas do dela, eu:
- Tem calma. Já falta pouco.
terça-feira, 25 de agosto de 2009
aptece-me um cigarro
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
but no time or energy to say it
E se beberes devagar o teu próprio veneno,
Não serás enquanto o fizeres, meu por inteiro.
Como foste em tempos cinzentos,
Mas que de tão breves quase efémeros.
Senão o teu nome ainda dentro dos meus lábios,
Esse sempre meu, porque tu mo deste numa noite dessas.
E nomes não podem ser roubados, só os corpos ou as palavras.
Esse guardo-o eu, podes dar-lhes tudo, mas o teu nome não beijara ninguém como me beijou a mim.
Não serás enquanto o fizeres, meu por inteiro.
Como foste em tempos cinzentos,
Mas que de tão breves quase efémeros.
Senão o teu nome ainda dentro dos meus lábios,
Esse sempre meu, porque tu mo deste numa noite dessas.
E nomes não podem ser roubados, só os corpos ou as palavras.
Esse guardo-o eu, podes dar-lhes tudo, mas o teu nome não beijara ninguém como me beijou a mim.
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Time is contagious
Eventualmente, tudo se extingue. Enterra-se e nem sempre debaixo da terra. Fica á tona, ao nível dos olhos, e pessoas que dormiram com a cabeça na mesma almofada de repente não são mais que memórias, que bofetadas na cara. Nunca mais que isso. Ás vezes, doem onde não deviam, deixam cicatrizes nos cotovelos. Mas nunca mais isso. Tudo se extingue, muda de corpo, de substância. É química, é física. Quem me dera, poder dizer-te por outras palavras que vou ter saudades tuas quando partires de vez, mas são estas que me cobrem os dedos. Só tenho medo de morrer de tal doença, de um dia acordar e não sobrar mais nada. Só tu ao nível dos meus olhos e uma vontade louca de chegar até ti, de sermos outra vez parte maior de um segredo mal guardado.
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
domingo, 9 de agosto de 2009
perda
São as pequenas coisas que nos levam a fazer as grandes loucuras – os maxilares salientes, a forma do cabelo cair, as pausas entres as palavras. São as pequenas coisas que nos levam aos grandes erros. E com grandes erros refiro-me ás situações que ainda não conseguimos imaginar mas que nos irão roubar o sono numa qualquer terça á noite.
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