Eventualmente, tudo se extingue. Enterra-se e nem sempre debaixo da terra. Fica á tona, ao nível dos olhos, e pessoas que dormiram com a cabeça na mesma almofada de repente não são mais que memórias, que bofetadas na cara. Nunca mais que isso. Ás vezes, doem onde não deviam, deixam cicatrizes nos cotovelos. Mas nunca mais isso. Tudo se extingue, muda de corpo, de substância. É química, é física. Quem me dera, poder dizer-te por outras palavras que vou ter saudades tuas quando partires de vez, mas são estas que me cobrem os dedos. Só tenho medo de morrer de tal doença, de um dia acordar e não sobrar mais nada. Só tu ao nível dos meus olhos e uma vontade louca de chegar até ti, de sermos outra vez parte maior de um segredo mal guardado.
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
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