quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Mensagem 259


Sempre fui eu sozinha, sozinha dentro da minha cabeça e junto da minha família. Sozinha nas decisões e nas mudanças. Sou sozinha no meio da multidão e sozinha no meio dos amigos. Sou sozinha quando acordo na tua cama e sou sozinha quando tu adormeces na minha. Sou sozinha quando alguém me toca e sou sozinha quando alguém me chama.
Não gosto de ser sozinha, estou farta de ser sozinha. Mas como posso eu deixar do ser? O que me falta aprender para sair deste sentimento tremendo de auto-exclusão, de auto-ódio que me consome? Porque esta solidão não é mais um sentimento mas uma acção, um princípio que se tornou constante, e o meu silêncio e o meu não ser ninguém traz-me este frio ao peito e eu quero saber, quero saber agora, o que é que eu faço? Eu quero que o culpado desta minha forma de ser e viver me diga agora - por favor, agora, antes que tanta dor, tanto esquecimento me roube o ar de vez - o que é que eu tenho que fazer?

2 comentários:

V. disse...

já tinha saudades de ver a contagem subir :)

m. disse...

percebo tão bem.