quarta-feira, 12 de novembro de 2008

the shape of things to come

Se o mundo desfilasse a minha frente como vidas inteiras,
Feitas de tecidos garridos,
Empilhadas de poucas palavras, silêncios abertos,
Talvez eu me pudesse dizer feliz.
Com a tua liberdade nua a dormir do meu lado,
E não a correr para alguém a apanhar.
Mas o teu olhar, olha-me sem chama,
E os meus dedos não sabem como a atear, sem me queimar.
Quem me dera que a tua chama te ardesse o corpo todo,
(como arde em mim)
Te ardesse os lábios e o peito.
Mas os teus olhos são só incêndios instintos.
E o meu corpo restos esquecidos,
Cinzas húmidas das lágrimas de madrugada.

Quem me dera que o teu olhar ardesse em ti,
E não só o ciúme em mim.
O ciúme das tuas mãos nos bolsos.
Do teu olhar atento.
Quem me dera que eu ardesse em ti,
Para assim me levares daqui.
Para longe daqui.

1 comentário:

Anónimo disse...

Um dia eu vou escrever tão bem como tu :) um dia..

És linda :)