sábado, 13 de março de 2010

Mensagem 236


E então se morreres como prometeste dentro do meu útero, leva contigo o que eu não posso carregar.
E então, se morreres, leva contigo a cor dos meus olhos e faz com ela o que quiseres, mas não a deixes só. Não a percas para dentro de uma garrafa. Para dentro de outro corpo que não este que te ofereço. E quando eu morrer falas comigo de vez em quando? Para a tua voz me guiar pelos planaltos que a morte me reservar.
E se eu morrer dentro de ti, do teu corpo de homem, fechas-me os olhos sem cor e agarras-me a mão uma última vez? Não tenho medo de em ti morrer, porque não será morte, mas o renascer de tanto amor, de tanta raiva. E se o meu sangue secar carregas-me o nome nos teus lábios? Porque eu nada mais aqui deixo. Só tanto amor, tanta raiva que em mim carrego.

Sem comentários: