sexta-feira, 26 de março de 2010

Mensagem 238


Que burra que eu fui,
Sem saber como te falar, por que lado me aproximar.
Que burra que eu fui,
A rastejar nas calçadas como forma de me lamber as feridas.
Os segredos que nunca me disseste levo-os para a vida,
De ti, o único que eu realmente alguma vez quis tocar
Mas nunca me deixou chegar.
Os segredos que guardavas nos contornos dos olhos levo-os para a vida,
Dentro do peito.
Dentro do corpo, e quando eu morrer, eles serão dos filhos meus que nunca teus.
Levava-os para o caixão, meu prometido, mas que forma ele teria, para caber-mos os dois?
Ele que tenha uma forma igual aos demais, para nunca ninguém julgar as cicatrizes que a minha pele esconde.
Ele que tenha a tua forma, para então me abraçares uma vez para sempre.

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