Um tom de voz cortante,
Que corta mais que pele, corta uma vida.
As palavras que disseste um dia são eco hoje.
Como casas frias e abandonadas, umas por cima das outras.
E de vez em quando, lá para o fim do mês,
Vêm os pobres roubar-lhes os restos.
Tiram-lhes os tijolos, o cimento e as memórias.
De casas já elas têm pouco,
Mas com a honra que lhes resta aguentam-se em pé.
Frias. Umas por cima das outras, todas esquecidas.
Casas assim, são como as tuas palavras antigas, escritas nos dedos que não são mais meus.
Ou teus.
Assim, e nessa altura, éramos felizes.
Como velhos renascidos,
Amantes perdidos.
Éramos assim, antes de sermos quem somos realmente:
Todos os defeitos que respiram nos nossos poros, podridão nas nossas pupilas.
Nossos poros. Nossas pupilas.
Que corta mais que pele, corta uma vida.
As palavras que disseste um dia são eco hoje.
Como casas frias e abandonadas, umas por cima das outras.
E de vez em quando, lá para o fim do mês,
Vêm os pobres roubar-lhes os restos.
Tiram-lhes os tijolos, o cimento e as memórias.
De casas já elas têm pouco,
Mas com a honra que lhes resta aguentam-se em pé.
Frias. Umas por cima das outras, todas esquecidas.
Casas assim, são como as tuas palavras antigas, escritas nos dedos que não são mais meus.
Ou teus.
Assim, e nessa altura, éramos felizes.
Como velhos renascidos,
Amantes perdidos.
Éramos assim, antes de sermos quem somos realmente:
Todos os defeitos que respiram nos nossos poros, podridão nas nossas pupilas.
Nossos poros. Nossas pupilas.
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