quinta-feira, 17 de julho de 2008

Resiste


Guardas nos farrapos que são tão dignos,
Mil memórias, mas,
Nunca mais eu me predirei nos teus dedos esguios,
Nunca mais eu me darei ás tuas cruéis histórias.

Deus pediu-te para não matares,
Para guardares em ti a chama,
Deus ordenou-te para não disparares,
Mas tu berraste-lhe: Homem que não mata, não ama.

Nunca mais me darei a alguém que não se pode dar de volta,
Nunca mais o teu corpo e ossos,
Serão sítio para eu descansar depois de morta.
Aos meus olhos tu serás para sempre destroços.

Nunca mais vou amar quem me mata,
Antes de me beber,
Nunca mais o teu nome será dono do meu ser.
Nunca mais a tua arma será de país algum, diplomata.

Nunca mais o teu sorriso será minha perdição.
Arrancarei os olhos para nunca mais ver,
O que resta de um homem que só causou destruição.
Nunca mais a tua mão na minha hei-de ter ou querer.

Deus soprou-te na alma palavras de piedade,
E tu fizeste-te de mudo e mataste.
Oh, mas esqueceste-te que Deus é vida e divindade.
E todo o teu mundo, tu próprio secaste.

Nunca mais. Como poderia eu mais?

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