Nunca te pedi mais do que tinhas para me dar,
E para ser justa comigo mesma, nem sequer o que tinhas eu pedi.
Vivi em função do que me davas por iniciativa e não o que eu merecia.
Isso nunca me doeu, até hoje.
No dia em que tu te esqueceste que eu não estou do teu lado, mas faço parte de ti.
Como um braço, uma perna ou uma irmã.
No dia em que não só te esqueceste disso, como o disseste com a voz toda, quase rouca.
Disseste-o, nos meus ouvidos, no meu peito.
Ambos sangraram mas ambos tu tiveste a coragem, a secura, de ignorar. Quase rir das lágrimas que eram sangue, das lágrimas que eram tuas.
Tuas porque minhas eram e eu tua sempre fui e era.
Era, até hoje.
Pois fica sabendo que a minha alma que tanto te amou – devo confessar que num amor incondicional – secou.
Não mais te ama. Não mais se abre.
Quero-te dizer que me magoaste, não sei porquê, mas quero que tu saibas que me trouxeste dor.
Não dor desprendida – daquela que um dia, bem ou mal, acaba por desaparecer – a dor que tu me trouxeste é sólida e venenosa.
Quero que saibas disso, que encares as consequências que tal noticia te possa trazer.
Quero-te dizer que foram anos maus, estes que passaram, mas que a tua presença os acalmou.
Quero que saibas que o que tu pensas estar a ser fácil para mim dizer é mais difícil, mais doente, do que tu imaginas. Quero que saibas que eu nunca te menti, enganei ou deixei de amar.
Quero-te dizer, para o caso de eu morrer hoje, que tu me magoaste de uma forma imperdoável.
Confundiste o meu amor com estupidez.
E esse é um erro que eu não posso, enquanto pessoa, desculpar.
Posso, enquanto amiga, esquecer-me de ser pessoa e amar-te para além dos meus limites.
Mas se o fizer, terei de pedir desculpa a mim própria todas as noites, terei de chorar pela morte do meu próprio nome.
Para te continuar amar, terei de deixar de me amar.
A ti, tu, que nem me soubeste amar quando era tua obrigação.
Não é justo eu perder-me em ti quando tu me fizeste perder no mundo.
Eu continuar a ser-te enquanto tu não me conheces.
E para ser justa comigo mesma, nem sequer o que tinhas eu pedi.
Vivi em função do que me davas por iniciativa e não o que eu merecia.
Isso nunca me doeu, até hoje.
No dia em que tu te esqueceste que eu não estou do teu lado, mas faço parte de ti.
Como um braço, uma perna ou uma irmã.
No dia em que não só te esqueceste disso, como o disseste com a voz toda, quase rouca.
Disseste-o, nos meus ouvidos, no meu peito.
Ambos sangraram mas ambos tu tiveste a coragem, a secura, de ignorar. Quase rir das lágrimas que eram sangue, das lágrimas que eram tuas.
Tuas porque minhas eram e eu tua sempre fui e era.
Era, até hoje.
Pois fica sabendo que a minha alma que tanto te amou – devo confessar que num amor incondicional – secou.
Não mais te ama. Não mais se abre.
Quero-te dizer que me magoaste, não sei porquê, mas quero que tu saibas que me trouxeste dor.
Não dor desprendida – daquela que um dia, bem ou mal, acaba por desaparecer – a dor que tu me trouxeste é sólida e venenosa.
Quero que saibas disso, que encares as consequências que tal noticia te possa trazer.
Quero-te dizer que foram anos maus, estes que passaram, mas que a tua presença os acalmou.
Quero que saibas que o que tu pensas estar a ser fácil para mim dizer é mais difícil, mais doente, do que tu imaginas. Quero que saibas que eu nunca te menti, enganei ou deixei de amar.
Quero-te dizer, para o caso de eu morrer hoje, que tu me magoaste de uma forma imperdoável.
Confundiste o meu amor com estupidez.
E esse é um erro que eu não posso, enquanto pessoa, desculpar.
Posso, enquanto amiga, esquecer-me de ser pessoa e amar-te para além dos meus limites.
Mas se o fizer, terei de pedir desculpa a mim própria todas as noites, terei de chorar pela morte do meu próprio nome.
Para te continuar amar, terei de deixar de me amar.
A ti, tu, que nem me soubeste amar quando era tua obrigação.
Não é justo eu perder-me em ti quando tu me fizeste perder no mundo.
Eu continuar a ser-te enquanto tu não me conheces.
Tudo o que aconteceu antes de ti, não é vida mas distancia.
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