Os corpos mortos enterrados em mágoas, em fome.
As tuas memórias minhas ainda, livres no ar, sem forma ou corpo,
Mas com necessidades humanas a roçar o divino.
As tuas memórias que me passeiam na pele,
O teu sorriso inteiro e por partes, a sorrir porque sim, sem motivo,
Para não o perderes.
As tuas mãos quentes, escuras de calor, na minha pele fria, no meu sorriso inteiro ou por partes,
Tu escolhes.
As ruas longas, sem fim, mas finitas – dizem os velhos – onde nós fizemos casa, abrigo,
É nosso porque sim, sem motivo, sem precisar de ser dito.
A tua altura de gigante sobre o meu mundo,
Mas sem sombras ou escuridões,
Sem medos ou prisões,
A tua altura de gigante, de pai, de amante sobre o que eu acredito ser o meu mundo, o meu corpo, o meu poço.
Tudo perdido no espaço,
A fazer de conta que são planetas, sóis e cometas.
Tudo perdido no imenso que é o universo,
Como corpos mortos deitados ao oceano,
Enterrados no próprio fim, resignados com os olhos abertos.
Á espera. Á espera de Deus que nunca veio. Á espera dos avós que nunca beijaram.
Dos amores que nunca tocaram. Dos cigarros que nunca apagaram.
Tristes, dizem os vivos.
O mesmo destino os espera, e eles com os olhos abertos vão se afogar na morte dos amigos que deixaram ir,
Dos ciúmes que deixaram queimar, das mentiras que não souberam calar.
E nós, nas ruas sem fim mas finitas, damos a mão e fechamos os olhos,
Beijamos o que vai para além da alma. E esquecemo-nos que os oceanos estão cheios de corpos mortos, que os cigarros estão todos acessos, que os nossos avós são como as tuas memórias, que Deus tem a memória curta, e principalmente, os amores que vimos mas não tocamos.
És infinidade em mim, e se algum dia partires, o meu corpo vai ser atirado ao oceano,
Vai pairar no universo, perdido e confundido com uma rocha, á deriva.
As tuas memórias minhas ainda, livres no ar, sem forma ou corpo,
Mas com necessidades humanas a roçar o divino.
As tuas memórias que me passeiam na pele,
O teu sorriso inteiro e por partes, a sorrir porque sim, sem motivo,
Para não o perderes.
As tuas mãos quentes, escuras de calor, na minha pele fria, no meu sorriso inteiro ou por partes,
Tu escolhes.
As ruas longas, sem fim, mas finitas – dizem os velhos – onde nós fizemos casa, abrigo,
É nosso porque sim, sem motivo, sem precisar de ser dito.
A tua altura de gigante sobre o meu mundo,
Mas sem sombras ou escuridões,
Sem medos ou prisões,
A tua altura de gigante, de pai, de amante sobre o que eu acredito ser o meu mundo, o meu corpo, o meu poço.
Tudo perdido no espaço,
A fazer de conta que são planetas, sóis e cometas.
Tudo perdido no imenso que é o universo,
Como corpos mortos deitados ao oceano,
Enterrados no próprio fim, resignados com os olhos abertos.
Á espera. Á espera de Deus que nunca veio. Á espera dos avós que nunca beijaram.
Dos amores que nunca tocaram. Dos cigarros que nunca apagaram.
Tristes, dizem os vivos.
O mesmo destino os espera, e eles com os olhos abertos vão se afogar na morte dos amigos que deixaram ir,
Dos ciúmes que deixaram queimar, das mentiras que não souberam calar.
E nós, nas ruas sem fim mas finitas, damos a mão e fechamos os olhos,
Beijamos o que vai para além da alma. E esquecemo-nos que os oceanos estão cheios de corpos mortos, que os cigarros estão todos acessos, que os nossos avós são como as tuas memórias, que Deus tem a memória curta, e principalmente, os amores que vimos mas não tocamos.
És infinidade em mim, e se algum dia partires, o meu corpo vai ser atirado ao oceano,
Vai pairar no universo, perdido e confundido com uma rocha, á deriva.
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